sexta-feira, 25 de março de 2011

Regresso à Tertúlia, espécie de regresso ao passado


Recentrando o palco exactamente no local onde decorrem as acções de que este blogue deve fazer eco, pelo menos preferencialmente, importa um olhar atento sobre a última edição da Tertúlia Amável.
O núcleo fundador apresentou-se preparado para o ataque ao que viesse, embora rapidamente se tenha concluído que, apesar de o Botas ter feito dias antes 60 anos - número que pela redondeza justificava comemoração a preceito - o que viria estava aquém do que mereciam figuras tão marcantes da tascagem desta macária cidade.
Este primeiro reparo tem de ser lançado para o espaço etéreo das ondas electromagnéticas, para que o Botas, mesmo no Brasil, saiba que os 60 são 60 e que qualquer amigo 70, pelo menos, a bebida comemorativa de melhor abordagem que o supertinto. Bom é certo que apareceu um borba especial (não me lembro bem da especialidade), tendo na abertura aparecido também um verde tinto que o Pedro Felgueiras fez acompanhar de uns ovos cozidos, de codorniz. O Jorge Leiria, porque trazidos na embalagem original de supermercado, até perguntou se os tinha cozido embalados...No microondas, disse eu...
O segundo reparo é mais importante. Em fase já adiantada da refeição, talvez entre a primeira e a segunda ronda de paio às rodelas, queijo aos bocadinhos e safio frito,foi lindo ver em amena cavaqueira os encanecidos da Rolear.
O Jorge e o Zé-Zé em diálogo quase ternurento que mereceu, da parte do Afonso e de mim próprio, o envio de comentário em aerograma feito no momento, para aquele momento.É bem verdade e ainda bem que o é, como diz o povo:"depois da marmelade vem sempre a bonança..."
Terceiro reparo para o facto de, à mesma hora a que normalmente reune a Tertúlia, estar marcado um jantar com outra rapaziada que,não fossem as faltas de habitués da nossa equipa (Grosso, Salvador, Julinho),tínhamos que ir buscar cadeiras ao número de polícia mais chegado.
Mas foi bom o convívio pois a rapaziada, chegado o momento das cantorias e dos hinos,teve comportamento à altura,ouvindo quando era de ouvir e manifestando-se quando era de manifestar.
O 23 de Março seria diferente se os nossos parlamentares assim fossem sempre...

Augusto
"Ilustra Caló".(Já parece o "ponta Pinto")

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sporting Portugal


A situação do Sporting é cada vez mais comparável à do país. Senão vejamos:
1.Ameaça de bancarrota
2.Muita aposta em formação (qualificação), mas os melhores acabam a Academia e querem logo sair do clube(país)
2. processo eleitoral em marcha
2. um chefe demissionário
3. 5 candicatos a chefe
Abrantes Mendes é o Jerónimo. Tem razão no que diz, parece o mais honesto mas ninguém acredita que seja solução.
Pedro Baltazar é o Louçã. Imagem moderna, muito marketing, sempre a criticar aos outros, mas não convence.
Godinho Lopes é o Sócrates. Muita promessa, muito amigo da banca, mas é mais do mesmo.
Bruno de Carvalho é o Passos (em falso?). Muita promessa, jovem, liberal, não se importa de governar com recurso a um Fundo de ajuda
Dias Ferreira é o Portas. Apresenta-se sempre como representante do verdadeiro sportinguismo (patriotismo)e é o mais experiente ("batido") em eleições.
Conclusão: portugueses sportinguistas estão duplamente lixados!

sábado, 19 de março de 2011

Oh Kadhafi, Ich Líbia dich!


O Governo português não vai participar nas acções militares contra o regime Líbio. Isto foi afirmado pelos ministros da defesa e dos "negócios" estrangeiros, sabendo nós dos negócios que envolvem a defesa do regime do "mon ami Kadhafi". Quando se trata de medidas internas há que ouvir os nossos (do governo) parceiros europeus, quando se trata de medidas externas há que ouvir os nossos (do governo) parceiros nacionais, ou seja, os homens das PPP's e doutras negociatas em que o governo é ponta de lança (Mota e companhia- Engiles, Lenas, Suores das Costas, Martiferes e por ai fora).
Acho bem. Deviam ir todos mas era acampar uns anitos no deserto na tenda do Coronel, pois parece que já há por lá falta de camelos!
Parece que o Sócrates terá dito (em alemão técnico)ao coronel: "Ich Líbia dich" ao que ele terá respondido (em crioulo), no tal almoço de que o BE fala:"Ó José, KáDáFi ado! Não há almoços grátis"

terça-feira, 15 de março de 2011

Guerra Fria no SCP?


Não sei se se lembram. Nos idos de 60 (1966), nos écrans dos cinemas surgiu uma comédia intitulada "Vêm aí os Russos".
Realizado pelo canadiano Norman Jewison ( "Violino no Telhado", "Jesus Cristo Superstar"), a história começa quando um comandante soviético encalha o seu submarino na costa dos EUA e a tripulação tenta de encontrar um barco para os levar.Em clima de guerra fria, as suas intenções inofensivas não são compreendidas pelos habitantes, que são levadas a crer que uma invasão soviética está em marcha.
Passados 45 anos o episódio repete-se, mas agora a praia americana é Alvalade, o comandante russo é o candidato Bruno de Carvalho, os marinheiros são os 50 milhões do Fundo e o Sheriff ridículo que organiza a resistência é o senhor Godinho Lopes.
Eu cá estou com o Eduardo Barroso: "Quero lá saber se o fundo é russo!" Espero é que, tal como a população yankee no final, os sócios do Sporting não se amedrontem e não vão em cantigas dos que têm o poder e assistem ao descalabro, de tribuna, a beber flutes de champagne e a comer croquetes, tal como os antigos "donos" do Manchester City ou do Chelsea.
Ó Bruno, manda-os pró Carvalho! Vodka é o que está dar!
Caló Lagarto

segunda-feira, 7 de março de 2011

No Carnaval tudo vale!





Após aturadas diligências identificámos no seu local de trabalho, alardeando juventude serôdia e grosseria bacoca, no seu melhor, o marmeleiro, o verdadeiro "amigo francês".
Se dúvidas houvessem, a peúga ao pescoço e o garruço na tola foram determinantes para o esclarecimento!





Jorge Leiria

terça-feira, 1 de março de 2011




CABELO BRANCO É SAUDADE


Letra – Henrique Rego
Música – Popular “fado das horas”

Repertório de Alfredo Marceneiro

Cabelo branco é saudade
Da mocidade perdida,
Às vezes não é da idade
São os desgostos da vida.

Amar demais é doidice
Amar de menos maldade
Rosto enrugado é velhice
Cabelo branco é saudade.

Saudade são pombas mansas
A que nós damos guarida
Paraíso de lembranças
Da mocidade perdida.

Se a neve cai ao de leve
Sem mesmo haver tempestade
E o cabelo cor da neve
Às vezes não é da idade.

Pior que o tempo em nos pôr
A cabeça encanecida
São as loucuras de amor
São os desgostos da vida.

Para o passado não olhes
Quando chegares a velhinho.
Porque é tarde e já não podes
Voltar atrás no caminho

É como a lenha queimada
Dos velhos o coração
As cinzas são as saudades
Dos tempos que já lá vão.


Quando o Caló canta o fado castiço há um não sei quê de Marceneiro que paira no ar da Adega Amável. Aprimoro-me nas entradas do baixo da guitarra e ele entra sublime com o " Cabelo branco é saudade". A primeira quadra sai sempre nos trinques. As outras...

Lá entro eu com esta voz abagaçada que vai melhorando, com a quadra que julgo que não é de nenhum fado do Marceneiro, mas que um tio meu cantava "com lídima expressão e voz sentida" que só o Marceneiro empresta ao que canta


"Quem me dera dera dera

Estar sempre a dar a dar

Abraços e beijinhos

Sem nunca mais acabar"


Como o Caló anda sempre às aranhas com a letra do fado em que se aproxima mais do grande mestre, aqui fica o registo, apesar de o levar em papel para o arquivo da Tertúlia na Adega.


Augusto