terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A dívida metódica ou o benefício da dívida


Esta questão da dívida está a bater na cabeça de todos. Está a transformar-se numa dívida metódica. Tal como Descartes teve que isolar-se em profunda reflexão, eliminando as ideias que suscitassem qualquer tipo de dúvida, cada vez mais temos também que isolar-nos em profunda reflexão, para fugirmos dos gastos que, mesmo sem podermos, fazemos, aumentando o encargo da dívida.
Mas depois, é a tal chatice. Mais sós, em casa, mais internet, mais Sport TV, mais cabo, mais gastos, mais dívida. Lá vamos aumentá-la.
Mas, apesar de tudo a dívida traz benefícios. São os benefícios da dívida. Ficamos a saber muita coisa que não sabíamos. Reformados com 3 e 4 reformas. Reformas de valores acima de qualquer dívida. Empregos públicos com ordenados duvidosos.
Nos privados, não há qualquer dúvida! Tudo rapaziada honesta, que só vive para o trabalho e para pagar impostos. Nunca se aproveitaram do público, nem contribuíram para a dívida. Os funcionários públicos, principalmente os professores, que têm ordenados brutos acima dos 1500 €, esses sim, têm que levar porrada, porque aumentaram a dívida. Então os bandidos, mal formados, andaram a comprar produtos tóxicos, andaram no mundo do sub prime, passaram a vida a negociar futuros, em vez de dar aulas? Contribuíram para que o BPN e o BPP chagassem àquela situação? Para eles, “ten per cent”, sem dúvida. Aqui, não há dúvida. Se não há dívida é certo que vai aparecer.

Porra, ninguém escreve. A crise está a chegar ao blogue TA

Augusto Miranda

Caló, lá terás que enfeitar a prosa...

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